O
presidente eleito, Jair Bolsonaro, disse hoje (12) que está
examinando o nome do deputado federal Luiz Henrique Mandetta (DEM-MS) para
assumir o Ministério da Saúde. Mandetta é ortopedista pediátrico, não se
candidatou novamente e portanto ficará sem mandato no próximo ano. Ele se
reuniu de manhã com Bolsonaro e conversaram sobre a possibilidade de assumir a
pasta.
Segundo
Bolsonaro, Mandetta, de 53 anos, se for nomeado para a Saúde terá missões
específicas. “Tem que tapar os ralos”, afirmou. “Queremos facilitar a vida do
cidadão e economizar recursos”, acrescentou o presidente eleito, em defesa da
implantação do prontuário eletrônico. “Não temos como falar em investir mais em
saúde porque estamos no limite em todas as áreas.”
O
presidente eleito conversou com a imprensa ao sair de casa hoje, na Barra
da Tijuca, para novamente ir à agência do Banco do Brasil sacar dinheiro. Foi a
terceira vez que Bolsonaro saiu nos últimos dias para ir ao banco.
Caixa-preta
Bolsonaro
avisou que, assim que assumir o governo, em janeiro de 2019, vai retirar o
sigilo das operações do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social
(BNDES). “A [caixa-preta] vai ser aberta. Na primeira semana, não haverá mais
sigilo no BNDES. Nenhum.”
O
presidente eleito admitiu que “está faltando transparência no BNDES”. “Até para
mim, eu desconheço muita coisa do BNDES. São números que nós temos de tornar
públicos”, disse Bolsonaro, defendendo que sociedade tenha conhecimento de
informações mantidas sob sigilo.
Bolsonaro
elogiou a escolha do economista Joaquim Levy para comandar o BNDES. Questionado
sobre o fato de ele ter sido ministro da Fazenda do governo Dilma
Rousseff e trabalhado na gestão Sergio Cabral no Rio de Janeiro, o
presidente eleito disse que não há nada que desabona sua história.
“Ele
[Levy] tem um passado [no governo Dilma Rousseff e na gestão Cabral], mas não
tem nada contra sua conduta profissional , assim sendo eu endosso o Paulo
Guedes. Este é um ponto pacificado. Segundo o presidente eleito, ainda não há
definições para a Petrobras e Banco Central.
Por Vladimir Platonow - Repórter da Agência Brasil Rio de Janeiro
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