Entre
medicamentos afetados estão os utilizados em tratamentos para câncer, diabete,
Parkinson e transplantes, entre outros
16/07/2019
- 16:14 / Atualizado em 16/07/2019 - 17:01
Fábrica
de medicamentos do governo federal, Farmanguinhos, em Jacarepaguá, será uma das
impactadas Foto: Michel Filho / Agência O Globo
Suspensão
dos 19 remédios é 'regular' e recomendada por CGU e TCU, diz Ministério da
Saúde. Por meio de nota, o Ministério da Saúde confirmou
nesta terça-feira a suspensão dos 19 contratos firmados com laboratórios de
produção de remédios e
uma vacina que eram distribuídos gratuitamente para
a população. São medicamentos utilizados
em tratamentos para câncer, diabete, Parkinson e transplantes, entre outras
enfermidades, e deixarão de ser entregues pelo Sistema Único de Saúde ( SUS ).
Ainda
segundo o comunicado, a suspensão se deu por recomendação da
Controladoria-Geral da União (CGU) e pelo Tribunal de Contas da União (TCU) em
função de decisões judiciais, desacordo com o cronograma, falta de avanços
esperados etc. Trata-se de uma "medida regular", além de "estar
prevista no marco regulatório das PDPs (as Parcerias de Desenvolvimento
Produtivo, parceria que prevê transferência de tecnologia de um laboratório
privado para um público) e realizada com normalidade",
acrescentou.
No
mesmo comunicado, a pasta informa ainda que "vem realizando compras desses
produtos por outros meios previstos na legislação" e que, portanto, a
população não será afetada. Além disso, continua a nota, a maior parte dos
contratos nem sequer chegou a fase de fornecimento do produto.
Os laboratórios vinculados
aos PDPs são públicos e federais. Entre eles estão Biomanguinhos, Butantã,
Bahiafarma, Tecpar, Farmanguinhos e Furp. Eles fabricam os remédios como parte
de uma parceria com o ministério e fornecem os fármacos a preços 30% menores do
que os do mercado.
Parcerias
em desacordos são suspensas para "avaliação"
Segundo
o Ministério, "toda e qualquer parceria que estiver em desacordo é
suspensa para avaliação" e que a suspensão pode ocorrer por fatores como:
-
Recomendação por órgãos de controle (CGU e TCU), caso de nove das suspensões
atuais;
-
Decisão judicial;
-
Desacordo com o cronograma;
-
Falta de avanços esperados;
-
Falta de investimentos na estrutura;
-
Solicitação de saída do parceiro privado;
-
Não enquadramento de um projeto como PDP; entre outros.
Uma
das duas parcerias de produção de insulina (NPH e Regular),
por exemplo, foi suspensa em virtude dos atrasos de entregas (o ministério diz
estar fazendo compras por pregão). Já o sofosbuvir, usado no tratamento
contra hepatite C , está suspenso em função de uma decisão
judicial. Usado em tratamentos contra câncer de mama, o trastuzumabe teve
uma das parcerias suspensa por uma determinação do TCU.
Abaixo,
outros remédios e as justificativas para sua suspensão:
-
Cabergolina - desconformidade com cronograma de investimentos e estrutura
fabril. O Ministério da Saúde realizou pregão eletrônico para aquisição do
produto;
-
Pramipexol - desconformidade com cronograma do projeto. O Ministério da Saúde
realizou aquisição do produto fora da parceria;
-
Sevelâmer - desconformidade com cronograma de investimentos e estrutura fabril.
O Ministério da Saúde realizou pregão eletrônico para aquisição do produto;
-
Vacina Tetraviral - desacordo com os critérios de PDPs. O Ministério da Saúde
realizou aquisição do produto fora da parceria;
-
Alfataliglicerase - desacordo com os critérios de PDPs. O Ministério da Saúde
realizou aquisição do produto fora da parceria.
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