Entre os afetados estão tratamentos para câncer, diabete e
transplantes, o que pode afetar mais de 30 milhões de pacientes no País
Nas últimas três semanas o Ministério da Saúde rompeu contratos firmados com laboratórios de
produção deremédios que eram distribuídosgratuitamente para a população. São 19 medicamentos no total, que deixarão de ser entregues
pelo Sistema Único de Saúde (SUS), segundo o jornal O Estado de S. Paulo. Mais
de 30 milhões de pacientes dependem desses tratamentos . Veja abaixo a lista dos remédios que terão distribuição gratuita interrompida.
Os laboratórios produtores
são públicos e federais. Entre eles estão Biomanguinhos, Butantã, Bahiafarma,
Tecpar, Farmanguinhos e Furp. Eles fabricam os remédios como parte de uma
parceria com o ministério e fornecem os fármacos a preços 30% menores do que os
do mercado.
Ao GLOBO o Ministério da Saúde confirmou por meio de nota
que a fabricação dos 19 medicamentos está em "fase de suspensão" por
recomendação da Controladoria-Geral da União e pelo Tribunal de Contas da União
em função de decisões judiciais, desacordo com o cronograma, falta de avanços
esperados, etc. Trata-se de uma "medida regular", além de "estar
prevista no marco regulatório das PDPs e realizada com normalidade",
acrescentou.
No mesmo comunicado, o ministério informa ainda que
"vem realizando compras desses produtos por outros meios previstos na
legislação" e que, portanto, a população não será afetada.
Em
nota, o Ministério da Saúde negou que os contratos com os laboratórios tenham
sido interrompidos. A pasta afirmou que se trata de um "ato de
suspensão" e que, por isso, tem efeito por um "período
transitório" - arquivo Biomanguinhos Foto: Márcia Foletto / Agência O
Globo
A pasta diz também que os laboratórios públicos podem
apresentar "medidas para reestruturar o cronograma de ações e
atividades".
O presidente da Bahiafarma e da Associação dos Laboratórios
Oficiais do Brasil (Alfob), Ronaldo Dias, disse ao Estadão, no entanto, que os
laboratórios já estão tratando as parcerias como suspensas.
— Os ofícios dizem que temos direito de resposta, mas que a
parceria acabou. Nunca os laboratórios foram pegos de surpresa dessa forma
unilateral. Não há precedentes — disse ao jornal.
Associações que representam os laboratórios públicos falam
em perda anual de ao menos R$ 1 bilhão para o setor e risco de
desabastecimento.
Veja aqui a lista dos remédios que terão
distribuição interrompida
- Adalimumabe,
Solução Injetável (40mg/0,8mL), produzido por TECPAR
- Adalimumabe,
Solução Injetável (40mg/0,8mL), produzido por Butantan
- Bevacizumabe,
Solução injetável (25mg/mL), produzido por TECPAR
- Etanercepte,
Solução injetável (25mg; 50mg), produzido por TECPAR
- Everolimo,
Comprimido (0,5mg; 0,75mg; 1mg), produzido por Farmanguinhos
- Gosserrelina,
Implante Subcutâneo (3,6mg; 10,8mg), produzido por FURP
- Infliximabe,
Pó para solução injetável frasco com 10mL (100mg), produzido por TECPAR
- Insulina
(NPH e Regular), Suspensão injetável (100 UI/mL),
produzido por FUNED
- Leuprorrelina,
Pó para suspensão injetável (3,75mg; 11,25mg), produzido por FURP
- Rituximabe,
Solução injetável frasco com 50mL (10mg/mL), produzido por TECPAR
- Sofosbuvir,
Comprimido revestido (400mg), produzido por Farmanguinhos
- Trastuzumabe,
Pó para solução injetável (150mg; 440mg), produzido por Butantan
- Cabergolina,
Comprimido (0,5mg), produzido por Bahiafarma Farmanguinhos
- Insulina (NPH
e Regular), Suspensão injetável (100 UI/mL),
produzido por Bahiafarma
- Pramipexol,
Comprimido (0,125mg; 0,25mg; 1mg), produzido por Farmanguinhos
- Sevelâmer,
Comprimido (800mg), produzido por Bahiafarma Farmanguinhos
- Trastuzumabe,
Pó para solução injetável (150mg), produzido por TECPAR
- Vacina
Tetraviral, Pó para solução injetável, produzido por
Bio-manguinhos
- Alfataliglicerase,
Pó para solução injetável (200 U), produzido por Bio-manguinhos
Fonte: O GLOBO
0 comentários:
Postar um comentário